terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O tempo é uma armadilha invisível que nos prende, sem amarras e sem correntes...
Tantos meses de silêncio e nem percebi o quanto fiquei calada. Calada, não é bem verdade! Outras falas se tornaram as impalpáveis grades da invisível armadilha.
Quem me dera fosse possível ser artista pela manhã, cozinheira à tarde, estudante à noite e na madrugada sonhar o personagem da próxima manhã. Utopia partilhada com Marx.
Na tentativa de libertar a capacidade de expressão nas últimas semanas produzi duas tortas fantásticas para a confraternização com meus alunos. A primeira, de chocolate com morangos e brigadeiro, não pude oferecer como presente. A vida do carioca ficou em suspenso, ou em suspense ?, diante de tamanha violência. Semanas depois mudança de cardápio, chocolate com coco, merengue e ganache...
Dias melhores virão...

Um comentário:

  1. Amiga..que lindo! Que talento!Na cozinha, no ofício de mestre e na vida. Além de maravilhoso ser feminino que és, já sabia há tempos, descobri hoje que você é uma filósofa. Por essas e outras pequenas e doces coisas da vida, tal como as suas tortas me parecem ser, é que tem que valer viver. Continuasse sua belíssima reflexão, por meio dessas corridas linhas que o tempo lhe permite traçar, não seria apenas filosofia ou será poesia?Melhor não ter certeza, continuasse, seria uma crônica. Mas doce?Não sei. Minha amiga linda, minha professora e minha escritora.Estou ainda mais apaixonada por você. Sorte a minha que você é minha amiga.
    Linda!
    Amei!
    Ana Flávia

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